Pé ante pé, a farejar o seu perfume,
Igual um tigre que persegue a sua caça…
Segui seus passos, de mãos dadas ao ciúme,
Pelo caminho, onde sempre ela passa,
Na areia fina, suas pegadas avistei,
Como se fossem os sinais de uma gazela,
E, lado a lado, um par de rastros vislumbrei,
De um predador que caminhava junto dela…
Enquanto as marcas que ficavam pelo chão,
Seguiam em frente numa linha paralela,
Eu conseguia alimentar minha ilusão…
Mas quando os rastros denunciaram-me que ela
Serenamente se entregara ao predador,
Deixei então de ser o tigre e ela a gazela!
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor