PROMETEU acorrentado sobre o monte,
Corroído pelo abutre da paixão,
Dia e noite eu esquadrinho o horizonte,
Na esperança que tu venhas dar-me a mão…
Condenado a sofrer só por te amar,
Algemado ao rochedo da ilusão,
Eu anseio que me venhas resgatar…
Ainda sonho em possuir teu coração!
Só tu não vês que a rapina desse abutre,
Que consome as entranhas do meu ser,
Que, cruel, do meu sangue ainda se nutre,
Tu somente é que podes aplacar!…
Tu que és a deusa eterna do querer,
Deste amante aprisionado por te amar!…
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor