No extremo oposto onde meu ego se depara,
Se por excelência eu fosse o mestre da magia,
Se tal ciência tivesse eu, reduziria
O tempo e a distância que o fado nos separa…
Nesta masmorra a vegetar na letargia,
Do teu jardim nem mais sonhando ser o cravo,
Resignado, aceito ser o teu escravo,
Já conformado com a sorte arredia…
E, à distância, ainda ouso suplicar:
Por piedade, amor, me venha resgatar
Do mar de angústia, de saudade e de dor…
Na ansiedade que jamais pude vencer,
Amargurado eternamente por te querer,
Eu sonho ainda com o teu doce amor…
Poesia hospedada a pedido do autor
Procedência: São Manoel do Paraná – PR.
Autor: Emilio Marques da Silva