O sonho noturno é amiúdo como a chuva que leva e traz.
Leva o que não presta e traz o que me atrai
O arauto declara que o sonho jaz!
A morte chegou!
Levanto e saio pela rua, sinto o orvalho bater em minha face, que sorte!
Ainda sinto o gosto da chuva, que sorte!
O arauto da morte ainda não me levou!
Sinto o cheiro da putrefação, mas ainda tenho sorte!
O odor vem dos que já se foram, esses não são meus momentos derradeiros,
Entregar-me-ei nos braços de Morfeu e meu sono será breve,
A morte não ceifará o mel dos lábios meus,
Pois apesar de venerá-la, não me deitarei com ela,
Ela não possuirá meu corpo, meu doce gozo, a minha libido.
O meu sexo está vivo e ainda que a morte venha me cortejar,
Sei que a ela jamais vou me dar!
Poesia hospedada a pedido da autora
Procedência: São Luis – MA
Autor: Keila Rachel Tavares Machado