Este mal que, aqui dentro de mim,
Vorazmente corrói-me a entranha,
Que me mata, aos poucos assim,
Sem que eu possa dar nada em barganha;
Este mal é o meu fim, eu já sei:
O prenúncio da mais longa treva,
No horizonte eu já vislumbrei
E é pra lá que este mal só me leva…
Braços dados com a morte eu já vou
E, meu corpo banquete será
Para os vermes que a terra gerou…
Mas, meu Deus vai ter pena de mim,
E essa noite de treva infinita,
Será dia, será luz, luz sem fim!
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor