Pelas andanças, na vida, percorridas
Em muitas pedras e espinhos deparamos.
Sentimos dores em todas as feridas
Ao se abriram nas pegadas que deixamos…
As cicatrizes são como páginas numeradas
Do grande livro que só ensina a viver,
“Livro da vida” com veredas bem traçadas:
É o grande mestre que nos diz como fazer!
Em cada tarde que o Sol desaparece,
Mais uma página do livro se virou…
Nada se aprende do dia que se esvaece,
Nem percebemos que a vida se encurtou…
Bem que devia ser muito diferente
De tudo isso que ladeia o nosso ser …
Sofre-se tanto durante o decorrente
De uma vida com tão pouco a se dizer…
Por quantas vezes sonhamos acordados
E nesses sonhos nos sentimos mais feliz…
Sai-se do sonho e se vê tudo tão mudado:
Olha-se trás e não se fez o que bem quis…
Poesia hospedada a pedido do autor
Procedência: São Paulo – SP.
Autor: José Pedreira da Cruz