Daquela aurora no esplendor da idade,
Dos idos tempos que não voltam mais,
Suspiros restam dos meus tristes ais
E a lancinante dor de uma saudade…
Da juventude em vibração fremente,
Ao evocá-la me atiro ao desatino:
Nesse horizonte eu já ouço o sino,
Na agonia de um repicar plangente…
Mocidade – águas crespas do oceano –
Tenazmente a rumar aos desenganos,
Deu-me as vicissitudes por afago…
E, desse turbilhão de exuberância,
Levado eu fui pelo tempo e a distância,
Às calmas águas deste manso lago!
Poesia hospedada a pedido do autor
Procedência: São Manoel do Paraná – PR
Autor: Emilio Marques da Silva