Quando eu nasci e minha mãe tão ternamente,
Me embalava, a cantar, pra adormecer,
A nossa casa, nesse dia, se encheu de gente
E todos vinham pra me ver, me conhecer…
Quando eu cresci, tornei-me jovem e saí,
Na estrada incerta, já escravo da paixão,
Um anjo bom de onde veio, não sei, não vi,
Me conduziu um longo tempo pela mão!
Envelheci… E hoje vejo com tristeza,
Que eu sou apenas uma nuvem passageira
Que se transforma quando chega o entardecer…
Irei morrer… E estou certo que, ao partir,
Quando estiver na moradia derradeira,
Quase ninguém fará questão de ir me ver !
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor