Com um saco nas costas,
À beira da estrada,
Ao rumo do nada,
Sofrendo ele vai…
É sempre humilhado,
Por onde ele passa:
Os bancos da praça,
De cama ele faz…
Ninguém se preocupa
Em saber o seu nome:
Só vê nesse homem,
Um mendigo a mais!
Será que esse homem
Não é o seu pai?
Será que esse homem
Não é o filho seu?
Por que é que gente
Não vê em quem passa,
A imagem perfeita
Do Filho de Deus?
De barba comprida,
Cabelo espalhado,
Com roupas rasgadas,
Com fome ele vai…
Na vida o seu banho
É a chuva que cai:
Ninguém se preocupa,
Se acaso ele chora
De frio ou de fome…
A gente só vê,
Só vê nesse homem
Um mendigo a mais!
Poesia hospedada a pedido do autor
Procedência: Amparo – SP.
Autor: Abilio Degan