A chuva que cai, de manso lá fora,
São águas brotadas do seio da terra,
Que o sol escaldante do chão evapora,
Formando essas brumas que cobrem a serra!
A chuva que cai, regando a seara,
Molhando a planície, escorrendo nos montes,
Baixando as cinzas e o pó da coivara,
São águas que voltam de novo pras fontes !
A chuva que cai, brotando as sementes,
Criando esse verde, gerando mil frutos,
Descendo no vale, engrossando as nascentes,
São águas que voltam de novo ao chão bruto!
A chuva que cai, fazendo as enchentes,
Que sobe outra vez, num ciclo perene,
Que desce de novo e dá vida aos viventes,
É obra de Deus, é momento solene!
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor