Repousam aqui meus restos mortais,
Meus restos sem vida, sem voz, sem nada,
Banquete nefando do verme voraz,
Parceiro implacável da minha morada!
Que Deus Pai me ouça, de mim tenha pena
Salvando minh’alma que clama e padece,
Livrando-a pra sempre do horror desta cena,
Ouvindo do crente a última prece!
Que a tumba gelada que envolve o meu ser
Somente retenha a pobre matéria,
Que, aos poucos, o verme irá desfazer!
Minh’alma imortal aspira ao descanso,
Nos braços daquele que um dia me criou:
Porque a paz eterna só em Deus eu alcanço!