Era quase meio-dia
E Jesus estava só,
Em Sicar, na Samaria,
Junto ao Poço de Jacó…
A uma tal samaritana,
Que ali viera ter,
Numa cena tão humana,
Cristo pede de beber…
A mulher lhe diz, porém:
“Como podes tu, judeu,
Pedir água para alguém,
Que odeia o povo teu?
Mas o Mestre não se abala…
E, fixando seu olhar,
Meigamente então lhe fala
Da água que ele tem pra dar:
Se acaso tu soubesses,
Quem sou eu, de onde eu venho,
Pedirias que eu te desse
Da água viva que eu tenho!
Se tua hora está vencida,
Se já é mais de meio-dia…
E o sol da tua vida,
No poente já se esfria…
Meu irmão, se não bebeste,
Desta água que sacia,
É porque ainda não creste
Que esta água alivia!
Não importa se és criança,
Se és velho ou se és moço,
Se tens fé e esperança,
Vem depressa a este poço!
Porque Cristo está tão só,
Assentado a te esperar,
Junto ao Poço de Jacó,
Pra tua sede saciar!
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor