Antes que o sol no nascente enfim surgisse,
Sem cisma ou medo eu hoje fui ao encontro dela…
Eu esperei que o portão então se abrisse
E caminhei entre os jazigos e capelas…
Na tumba fria eu beijei a foto dela,
Dispus as flores sobre a laje de granito
E, lentamente, eu queimei aquela vela,
Na esperança de pôr fim ao meu conflito…
Ajoelhado ali ao pé da sepultura,
Imaginei ouvir sua voz na voz do vento,
A me dizer que ela me dava o seu perdão…
Mas sua ausência só aumentou minha amargura:
Ela não veio para ouvir o meu lamento…
Para escutar o meu ato de contrição!
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor