O meu coração de vaqueiro
É uma infinita estrada,
Por onde o tempo inteiro,
Eu sinto que vai a boiada,
Troteando na mesma toada!
Atrás da manada imensa,
Que viaja no meu coração,
Não há mais vaqueiro que pensa,
Não há mais chicote ou ferrão,
Não se ouvem mais cascos no chão!
A imensa boiada errante,
Que vaga no meu coração,
Não segue mais som de berrante,
Não ouve o aboiar de um peão,
Nem faz mais poeira no chão!
A imensa boiada sem fim,
perdida no meu coração,
sem rumo aqui dentro de mim,
É apenas delírio, ilusão,
De um velho e saudoso peão!
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor