Branca… Branca… A sorrir, num lindo esquifezinho
Todo branco também… Tão bela e tão querida!
Parecia sonhar, sorrindo entristecida,
Num berço perfumado e branco como o arminho.
Vestiram-na de branco… O simples vestidinho,
Toda… Toda a cobria e mesmo assim sem vida,
Um graça gentil, lembrava, adormecida,
Num quente, fofo e branco, perfumado ninho.
Cruzaram-lhe no peito, as mãos lindas e pequenas,
Brancas, brancas, lembrando as lindas açucenas
Qual se fizesse, aos céus, alguma prece franca.
Tinha na face triste, a cor de um branco lírio
E a fronte iluminada a triste luz de um círio
Tinha o casto palro de uma camélia branca.
Poesia enviada por Anamélia Mota
Procedência: Tauá – CE
Autor: Judith Costa (Bezerros-PE – in: A Estrella – Fev de 1915.)