Se a noite desce e no horizonte o sol se esconde,
De par em par, as aves vão buscar seu ninho…
Eu me pergunto: aonde eu vou, eu vou aonde?
Se eu sou uma ave desgarrada e estou sozinho?
Se a lua sobe, a noite vai e é madrugada,
E as névoas deixam mais gelada a manhã fria,
Sozinho assisto ao romper da alvorada,
Sem ter ninguém para aquecer meu novo dia!
Ao ver o sol se despedindo no poente,
Ao ver a lua despontando atrás de um monte,
Nós dois eu vejo, cada um num horizonte…
Eu sou o sol, você é a lua… Somos dois mundos…
Quando eu me vou, você aparece – que ilusão –
Somos dois corpos que jamais se encontrarão …
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor