Todos os dias, quando eu passo em sua rua,
Em seu portão eu paro sempre, sem querer,
Para fitar por um segundo a imagem sua,
Num lindo “poster” na parede a pender…
E, pela porta que está entreaberta,
Em pensamentos eu me deixo então entrar
E, no silêncio de uma sala tão deserta,
Apaixonado o seu retrato eu vou beijar…
Deixando a sala eu me encontro, num segundo,
Na intimidade do seu quarto aconchegante…
E eu sou o homem mais feliz que há no mundo,
Entre os afagos do seu corpo delirante;
É sobre as asas dos meus loucos pensamentos,
Que sempre chego onde ela estiver…
Se estou com ela são mais doces meus momentos,
Mas, quem sou eu pra possuir essa mulher?
Ela não sabe que eu a amo em segredo
E nem eu sei se esta paixão é a mais certa:
Eu sei apenas que eu tenho tanto medo
De não achar a sua porta entreaberta…
Autor: Elizeu Petrelli de Vitor