É tão difícil andar em linha reta
Por sobre a tábua à borda estendida,
Onde a lâmina afiada da vida
Nos força a agir com tanta pressa.
Escutar o vento, sacudir a vela
Para saber da caravela a direção.
Em braçadas que aceleram o coração,
Essa sublime embarcação que nos carrega.
E talvez morrer na areia que enterra
A esperança que se torna alucinação;
Uma falsa intenção dada por certa.
Para vencer a solidão, o amor à espera.
A mais intensa força de impulsão
De um corsário que à razão nunca se entrega.
Poesia hospedada a pedido do autor
Procedência: Mossoró-RN
Autor: João Felinto Neto